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José Cid - Gabriela Cravo e Canela (1971)

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José Cid – 1º LP (a solo) (LP 1971)

Généro: Rock/Pop, Folk, Popular
Editado por: Columbia 8E 062-40.118

Faixas / Tracklist:

A1_Não Convém
A2_Gabriela Cravo e Canela
A3_ Olá Vampiro Bom!
A4_Requiem
A5_Nunca
A6_O Dragão
B1_Dom Fulano
B2_Lisboa Ano 3.000
B3_Volkswagen Blue
B4_Ni Helile
B5_Meu Amor
B6_Amigos

Trata-se de uma preciosidade este primeiro álbum a solo (homónimo) de José Cid, editado em Maio de 1971. A poetisa Natália Correia é um dos nomes que colabora com José Cid nesta fase.

LP já considerado raro, muito bem concebido e talvez um dos melhores álbuns do Pop-Rock nacional. Salienta-se o tema electrónico e simultaneamente acústico “Lisboa 3000” pelo seu estilo avançado e inovador para a época e o curioso tema "Nihelile", do moçambicano Fany Pfumo.

José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid de Ferreira Tavares (Chamusca, 4 de Fevereiro de 1942), músico português que iniciou a sua carreira musical em 1956, com a fundação de Os Babies, agrupamento musical que se dedicava à interpretação de covers. Em 1960 criou em Coimbra o Conjunto Orfeão, com José Niza, Proença de Carvalho e Rui Ressurreição.
Popularizou-se como teclista e vocalista nos 1111, tendo grande êxito com a A lenda de El-Rei D. Sebastião, de 1967, um tema inovador no panorama musical da época. Ainda com o quarteto, concorreu ao Festival RTP da Canção de 1968, com Balada para D. Inês. O álbum homónimo dos 1111 seria editado em 1970, mas não chegou a sair, por interferência da censura.

Em 1971, José Cid lançou o seu primeiro disco a solo que agora se apresenta. Nessa época, foram também editados os EP Lisboa perto e longe e História verdadeira de Natal. No ano seguinte, lançou o EP Camarada. Em 1973, o Quarteto 1111 adoptou o nome Green Windows, numa tentativa de internacionalização.

Concorreu ao Festival RTP da Canção de 1974, a solo com Uma rosa que te dei, e com os Green Windows, que apresentaram as canções No dia em que o rei fez anos e Imagens. Uma das suas composições mais conhecidas, Ontem, hoje e amanhã, seria premiada no Festival Yamaha de Tóquio, em 1975, ao qual já concorrera em 1971, com Ficou para tia.
Fundou o grupo Cid, Scarpa, Carrapa e Nabo, com Guilherme Inês, José Moz Carrapa e Zé Nabo, com o qual gravou o tema Mosca super-star e o EP Vida, em 1977. Em 1978, lançou o álbum 10,000 anos depois entre Vénus e Marte, um marco na história do rock progressivo, que viria a obter mais tarde reconhecimento a nível internacional, sendo incluído numa lista de 100 melhores álbuns de rock progressivo do mundo, organizada pela revista americana Billboard. No Festival OTI da Canção, de 1979, ficou em terceiro lugar com Na cabana junto à praia.

Com a canção Um grande, grande amor venceu o Festival RTP da Canção, em 1980, com 93 pontos. No Festival Europeu da Canção, conquistou um honroso sétimo lugar, com 80 pontos, entre dezanove concorrentes. Seguiu-se a gravação dos temas Como o macaco gosta de banana e Portuguesa bonita e de muitos outros êxitos.
Continua até hoje a cantar, a tocar e a compor, com muito sucesso. É o verdadeiro "pai" do rock português. Conta com uma vasta discografia.

Principais etapas da carreira deste excelente músico apenas até aos anos 70:

1956 Funda Os Babies, um grupo especializado em cantar covers de rock'n'roll.
1960 Com José Niza, Proença de Carvalho e Rui Ressureição funda o Conjunto do Orfeão.
1967 Nasce o Quarteto 1111 e, com ele, um tema para a história: A Lenda de El Rei D. Sebastião.
1968 Balada para D. Inês classifica-se em terceiro lugar no Festival RTP da Canção.
1969 O primeiro disco a solo, Lisboa Camarada, é proibido pela Censura.
1973 Grava 20 Anos, com os Green Windows, a sua nova formação.
1974 Leva ao Festival RTP A Rosa que Eu te Dei e No Dia em Que o Rei Fez Anos, duas canções que se vão tornar, de imediato, enormes êxitos.
1978 Edição de A Minha Música.
Mantém-se em actividade até hoje, com sucesso.
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